[Discussão-Executiva] 14. RESULTADO - Consulta à Executiva nº14/2017 – Publicação de moção de repudi
Prezados (as) Coordenadores (as),
Por ordem do Coordenador Rodrigo Peixoto, encaminho a seguinte consulta:
Considerando a publicação em Brasília, por meio de Outdoor, de mensagem contra a luta pelo Nível Superior para Técnico, promovida pela ANAJUS e pelo SINAJUS;
Considerando que o Nível Superior para o cargo de Técnico Judiciário já foi deliberado e aprovado por 30 sindicatos filiados a esta Federação e também na plenária de 2015;
Considerando que todo filiado deve respeitar o estatuto e as decisões do seu sindicato, o que pode ser comprovado pela leitura de alguns artigos dos estatutos dos sindicatos do Distrito Federal e de Minas reproduzidos abaixo;
SINDJUS/DF
Art. 6 - São direitos dos filiados:
f) exigir o cumprimento dos objetivos e das determinações deste estatuto e o
respeito por parte da Diretoria às decisões das assembléias gerais e congressos;
Art. 7 - São deveres dos filiados:
d) cumprir e fazer cumprir o presente estatuto;
Art. 8 - Os filiados estão sujeitos às penalidades de suspensão e de eliminação do quadro social, por violação ao presente estatuto e às decisões das assembléias, apurada e decidida na forma dos parágrafos seguintes.
SITRAEMG
Art. 8º - São deveres dos sindicalizados:
I – cumprir e fazer cumprir este Estatuto;
III – acatar as decisões tomadas nas Assembleias ou Congressos da categoria;
V – prestigiar o Sindicato por todos os meios ao seu alcance, contribuindo para seu fortalecimento, avanço do nível de consciência e organização da categoria;
Art. 9º - O desrespeito ao Estatuto e às decisões dos órgãos de deliberação do SITRAEMG sujeitará o sindicalizado às penalidades de advertência, suspensão e eliminação do quadro social.
Considerando que os associados à ANAJUS e os filiados ao SINAJUS são também filiados aos sindicatos de suas respectivas bases, inclusive alguns na condição de mandatários nos sindicatos da categoria;
Considerando que os diretores das referidas entidades tem desrespeitado sistematicamente as decisões de toda a categoria, no que se refere ao Nível Superior para técnico, promovendo ações ostensivas de desobediência às decisões das suas bases, capazes de trazer prejuízos irremediáveis para a conquista do referido pleito.
Considerando que as ações revestem-se de uma arrogância desmedida com visível afronta à autoridade sindical, desprestigiando os seus sindicatos e lançando uma guerra “fraticida”, de caráter separatista entre os servidores do PJU e MPU.
Considerando que Nível Superior para Técnico, representa a maior e mais urgente demanda da categoria nos dias de hoje;
O Coletivo Liberta Fenajufe propõe:
1- Que a FENAJUFE promova uma moção de repudio à publicação feita por meio do referido outdoor, condenando veementemente as ações da ANAJUS e do SINAJUS;
2- Que a moção seja divulgada e reafirmada por todos os meios de comunicação da FENAJUFE até que a propaganda do outdoor seja retirada;
3- Que a FENAJUFE solicite à sua assessoria jurídica estudos urgentes sobre a possibilidade de obtenção de medida judicial cabível para a remoção do outdoor.
4- Caso haja alguma medida judicial cabível, que esta federação determine que a assessoria jurídica postule em juízo de imediato para a retirada do outdoor.
Os coordenadores terão até o dia 06/03 (segunda-feira) as 18 horas para se posicionarem, votando nas opções SIM ou NÃO ou ABSTENÇÃO.
Atenciosamente,
Patrícia
Secretária
Registro de votação:
Marcelo Melo
Gostaria que fosse colocada aqui as imagens relativas a tal outdoor para que eu possa me posicionar. Obrigado.
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Marcelo Melo
Voto a favor da consulta em tela, em todos os quesitos.
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Rodrigo Carvalho
Acompanho o voto de Marcelo Melo.
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Gerardo Alves Lima Filho
Voto favorável em todos itens.
Att.,
Gerardo
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Marcos Santos
Voto sim a todas as propostas e encaminhamentos
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José Aristeia
O Coletivo Democracia e Luta (Zé Aristéia, Edmilton Gomes e Ronaldo) votamos Sim em todos os quesitos da cpnsulta 14/2017.
Abraços
Zé Aristéia
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Rodrigo Peixoto
A Força Política Liberta Fenajufe vota SIM em resposta à consulta em tela com a seguinte argumentação:
Reproduzimos abaixo os dizeres do outdoor para uma análise da mensagem.
NÃO AO “TREM DA ALEGRIA” NO JUDICIÁRIO FEDERAL!
NÍVEL SUPERIOR PARA TÉCNICO?
SOMENTE POR MEIO DE CONCURSO PÚBLICO!
Neste caso, não houve sequer a preocupação de elaborar um sofisma qualificado.
Ficou clara a intenção de manchar a luta pelo NS com a marca do escândalo, buscando imprimir-lhe uma impressão de ilegalidade e imoralidade ao compará-la com o famoso “Trem da Alegria” do Senado ocorrido em 1992. Assim, percebe-se que a técnica utilizada para falsear uma lógica argumentativa repousa apenas na comparação dos fatos.
Pois bem, vamos ao fato com o qual a propaganda quer estabelecer comparação:
Oitenta e dois estagiários da gráfica do Senado foram efetivados como servidores em 1992, quando já era proibida pela Constituição de 1988 a nomeação sem concurso público. Esse fato ficou escondido por 17 anos e tornou-se conhecido como o escândalo do Trem da Alegria.
Comparar a situação jurídica de oitenta e dois estagiários com dois terços dos servidores ocupantes de cargo efetivo do PJU já seria suficiente para desqualificar qualquer comparação proposta pela infame propaganda, mas prosseguiremos no esclarecimento de tal absurdo.
A transformação do cargo de estagiário em cargo de provimento efetivo sem concurso público é flagrantemente inconstitucional:
Art. 37... (antes da emenda 19 de 1998)
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;
Já o pleito dos Técnicos Judiciários pela exigência do Nível Superior como requisito de ingresso no cargo não afronta a constituição porque não promove mudanças na nomenclatura ou nas atribuições legais, o que significa que não se configura forma de provimento direto ou indireto.
Por fim, manifestamos nosso repúdio à referida propaganda, que consideramos desleal e irresponsável, pois, sem a possibilidade de utilizar-se de uma argumentação lógica razoável, buscou-se influenciar a mente dos leigos e desavisados com uma técnica propagandista de baixa qualidade moral e impacto puramente emocional, sem qualquer respeito pela lógica, pela verdade e pela justiça.
Alisson Ribeiro – Júlio Brito – Rodrigo Peixoto –Vicente Sousa
Coletivo Liberta Fenajufe
“Nosso Partido é a Base!”
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Adriana Faria
Prezados(as) Coordenadores(as),
Com base nos incisos V, VI, VII do art. 2º da Resolução 01/2016 da Diretoria Executiva, apresento Impugnação à presente Consulta Virtual com esteio nos argumentos a seguir apresentados:
Considerando que a impugnação tem como justificativa a necessidade de se aguardar reunião presencial da Diretoria Executiva, lanço algumas ponderações sobre a Consulta nº 14/2017.
De fato, o outdoor em questão traz mensagem desagregadora; é ofensivo à deliberação da categoria, assim como o é em relação aos colegas por imputar uma suposta ilegalidade no pleito do Nível Superior para técnicos. Expõe inadequadamente a demanda para o grande público trazendo um malefício para a categoria como um todo, uma vez que já somos tomados pela opinião pública como espoliadores dos recursos públicos.
As entidades envolvidas têm adotado comportamento sectário e assumem uma interpretação equivocada do NS. No entanto, é preciso que a Federação compreenda, para além da mensagem estampada naquela peça publicitária, o que está ocorrendo naquele segmento que se sente representado por essas entidades.
Acredito sinceramente que o diálogo franco e o consequente esclarecimento sobre o pleito poderia verdadeiramente aplacar essa movimentação contrária.
É preciso reconhecer que os analistas têm preocupações razoáveis quanto à implementação do NS para os técnicos, algumas delas que envolvem a semelhante preocupação de extinção de seus cargos. Assim, é preciso ouvir e encontrar caminhos que também possam abrigar os pleitos desse segmento. É preciso estabelecer um elo de parceria e de confiança entre técnicos e analistas que trabalham ombro a ombro nas unidades judiciárias e que compõe uma das mais representativas categorias do serviço público.
Sabemos que o desprestígio dos sindicatos e as chamadas “guerras fratricidas” que têm esfacelado nossa categoria e incentivado fragmentações ocorre em razão dos servidores não se verem representados em suas instituições e preteridos em seus pleitos.
É preciso, portanto, cultivar o sentimento de pertencimento e, para isso, é preciso adotar atitudes de acolhimento e não de enfrentamento.
Os técnicos são especiais conhecedores desse sentimento de não pertencimento e de preterição e assim como desejam o seu reconhecimento e que sua voz seja ouvida, devem entender que os demais cargos têm igual sentimento.
Acredito que somente poderemos evoluir quando formos capazes de desenvolver a mais legítima empatia e caminharmos juntos, cada qual apoiando as demandas que representam as mais evidentes necessidades de cada cargo.
O desejável é que os analistas entendam e apoiem a demanda dos técnicos e que os técnicos, por sua vez, estejam dispostos a apoiar os analistas em seus pleitos. De pronto, reconheço que os analistas negligenciaram sua organização e também suas demandas específicas, entretanto, as entidades em questão infelizmente não têm adotado atitudes propositivas preferindo atuação combativa aos demais pleitos de outros segmentos.
Os técnicos estão correndo atrás do que entendem como prejuízo e conseguiram se organizar e aprovar suas demandas nas instâncias deliberativas sem adotar comportamento fragmentador. São um exemplo seguir.
Me preocupa profundamente a formação de novos sindicatos e até de novas centrais. A questão do imposto sindical tende a intensificar esse movimento em razão da ânsia por recursos financeiros. Um alerta grave que pode significar a desagregação das entidades de luta que se revelam estranhamente apáticas após a aprovação providencial feita pelo governo no atual momento de intenso ataque a direitos.
A Federação deve, portanto, zelar para que suas ações não tenham justamente esse efeito desagregador num verdadeiro contrassenso do que se defende. É preciso o cuidado de não fazer com que alguns segmentos não se sintam por ela representados.
E é neste ponto que a análise vai para além de uma atitude isolada de entidades com pouca ressonância em sua representação. O mero rebate da Federação pode autorizar o discurso de ausência de representatividade e ampliar o espectro de uma campanha que parte de falsas premissas.
Nesse sentido, é que conclamo para que o debate sobre essa proposição seja mais amadurecido na Diretoria Executiva para que um lamentável equívoco não seja coroado com outro ainda maior.
Quanto aos pontos especificamente propostos pondero que:
1 e 2 – uma moção de repúdio feita pela Federação pode dar à mídia em questão uma repercussão ainda maior. Ao que me consta, a veiculação é local, de pouca abrangência e razoavelmente inócua. Gera desconforto em quem conhece e defende o pleito, mas tem mais um caráter de “dar uma satisfação” aos filiados daquelas entidades, sem maior efetividade quanto aos seus objetivos. Alguns analistas que sequer são filiados a essas entidades podem entender inadvertidamente que a Federação está se colocando contra os analistas e isso será obviamente explorado para quem acredita que o apartamento é o caminho.
Acredito, ainda, que haja implicitamente uma ética sindical que deva ser respeitada por toda e qualquer instituição que ocupe o papel de representação de trabalhadores, sendo inadmissível que uma entidade sindical se coloque em confronto com outra, sob pena de esfacelarmos um sistema de proteção dos trabalhadores e auxiliarmos o trabalho daqueles que empreendem na retirada de direitos (governos e administrações).
3 e 4 – A judicialização, numa análise perfunctória, a meu ver, não prospera em relação às entidades, uma vez que não são entidades filiadas à Federação e não se sujeitam às deliberações como entidade. Estão no livre exercício de suas prerrogativas com representantes de um segmento. Apenas o caráter ofensivo “trem da alegria” talvez possa ser explorado na esfera de possíveis danos. Existe a possibilidade de judicialização de associados ou filiados que igualmente possam estar filiados aos sindicatos que congregam a Federação, buscando-se a responsabilização via estatutos dos sindicatos. Nesse aspecto, a Fenajufe apenas poderia sugerir aos seus sindicatos a persecução da responsabilização e respectiva punição. Atitude que pode gerar transtornos e prejuízos graves de desfiliação às entidades.
Em última análise, a judicialização seria a “pá de cal” em qualquer proposta de diálogo que possa se estabelecer. Seria a oficialização do conflito e a irreversível oposição que se colocaria de modo a, de fato, ameaçar a demanda do NS.
Ou seja, os prejuízos apenas se amplificam a cada novo olhar.
Desse modo, entendo que a proposta merece melhor debate na Diretoria Executiva quanto à sua repercussão, sobretudo no atual momento em que precisamos da força de todos e de cada um para enfrentar tanto as demandas como o NS quanto os ataques sistemáticos aos direitos dos servidores.
Conclamos todos a uma reflexão.
Lanço, como proposta alternativa, a implementação de ações de diálogo e esclarecimento da demanda do NS no segmento dos analistas, para a qual me proponho a encampar juntamente com o Costa e com o Alisson e quem mais quiser colaborar. Destaco a designação e convocação do Coletivo dos Analistas.
Acredito francamente que muito do que gera essa atuação equivocada é a falta de conhecimento e esclarecimento quanto às perspectivas do NS.
Insito: é preciso dialogar.
A Federação tem um papel que passa ao largo dessas atuações desagregadoras e de entidades que sequer são filiadas. A Federação tem, no meu sentir, a responsabilidade de implementar esse diálogo de modo a acolher os analistas e, ao mesmo tempo, evitar entraves à demandas dos técnicos.
Por oportuno, a fim de que a presente manifestação não seja erroneamente interpretada, manifesto minha irresignação com a atuação sectária das entidades em questão e reitero meu compromisso pessoal e também estatutário de dar consecução às deliberações da categoria, em especial, o NS.
“Olho por olho e acabaremos todos cegos” Mahatma Gandhi
Cordialmente,
Adriana Faria
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Helenio Porto Barros
O coletivo Luta FENAJUFE, a saber, devidamente nomeados, Helenio Porto Barros, Cristiano Bernardino Moreira, Erlon Sampaio de Almeida, e Elcimara Augusto de Souza, volta sim na presente consulta. Ressaltando, entretanto, que a presente moção deve ser contra tos que buscam o fracionamento da categoria, e no sentido de chamar à unidade, e não fomentar ainda mais o divisionismo.
Salientamos que a moção deverá ser elaborada com o aval da coordenação de comunicação e jurídica, nama linha propositiva, com enfoque na unidade e não em citar e atacar entidades ou membros da categoria. Sendo, por fim, aprovada em reunião presencial do colegiado da direção.
Ressaltamos, ainda, que é importante uma luta contra a fragmentação e é preciso nos debruçar sobre a melhor forma de fazê-la sem mais exposição externa da categoria e sem gerar ainda mais fragmentação.
Saudações Guerreiras
Helenio Porto Barros
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Eliane - Fenajufe
SUSPENSA A VOTAÇÃO DE MERITO E ABERTA VOTAÇÃO SOBRE A IMPUGNAÇÃO À CONSULTAL 14. POR 24H. Publicação de moção de repudio ao outdoor do Sinajus e medidas judiciais.
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Gerardo Alves Lima Filho
Considero muito ponderadas e bem fundamentadas as questões levantadas pela Coordenadora Adriana. Assim, para fazermos um debate mais rico de maneira presencial, voto favorável à impugnação dela.
Att.,
Gerardo
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Rodrigo Peixoto
A Força Política Liberta Fenajufe vota NÃO em resposta à impugnação da Consulta à Executiva nº 14/2017 com a seguinte argumentação:
Prezados coordenadores,
Mais uma vez os Técnicos são preteridos!
Mais uma vez as mesmas falácias!
Parece óbvio, mas é bom que fique explícito que o prejuízo causado por essa mídia perversa e desprezível cresce a cada minuto e a cada dia, sem que exista uma maneira de sanar o mal que dela advenha.
A proposta de levar o assunto da presente consulta para uma reunião presencial certamente será recebida pelos Técnicos de todo o PJU como a maior desconsideração já sofrida por eles. Será um desrespeito à luta pelo Nível Superior e um deboche à inteligência dos Técnicos que esperam de nós uma atitude enérgica e proporcional diante de tamanha afronta à nossa organização sindical.
O texto da impugnação revela-se como uma verdadeira adoração a Deus e a Mamon, mas o que o torna ainda mais absurdo e intrigante é que a vitória foi oferecida a Mamon sem nenhum constrangimento, pois percebe-se que a impugnação protege nitidamente as ações do agressor, já que os efeitos da agressão não serão contidos e os direitos dos Técnicos são “trocados” por elogios que não ultrapassam o âmbito da retórica.
Falar em sentimento de pertença com uma entidade que se reconhece como sindicato não pertencente à federação e com uma associação que agride os técnicos deliberadamente desde 2009, inclusive por meio de jornais de grande circulação, e ainda solicitar o diálogo entre agressor e vítima sem clamar pelo fim das hostilidades é no mínimo uma zombaria.
Quanto às ponderações sobre as propostas dos itens 1 e 2, infelizmente julgamos ser necessário esclarecer o óbvio mais uma vez: Brasília é o centro das decisões, onde todas as autoridades que decidirão sobre o destino do NS atuam, portanto, dizer que a veiculação é local, de pouca abrangência e razoavelmente inócua nos causa perplexidade.
Já as ponderações sobre as propostas dos itens 3 e 4 fogem completamente ao que foi solicitado. Lembramos que o pedido foi apenas para a retirada do outdoor.
Os Técnicos Judiciários de todo o PJU aguardam por ações efetivas e corajosas dos seus representantes sindicais. Nós do LIBERTA não abdicaremos da responsabilidade que assumimos em defesa do Nível Superior e não aceitaremos que entidades que representam uma pequena minoria dos Analistas do PJU desrespeitem as deliberações de toda a categoria.
Os bombeiros chegaram depois que a casa queimou!
Mas há quem diga que o fogo pode ser bom, porque depois da destruição tudo será novo...
Alisson Ribeiro – Júlio Brito – Rodrigo Peixoto –Vicente Sousa
Coletivo Liberta Fenajufe
“Nosso Partido é a Base!”
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Helenio Porto Barros
Sobre a impugnação.
Tendo em vista o exposto por nós na votação do mérito, o Coletivo Luta Fenajufe, a saber, devidamente nomeados, Helenio Porto Barros, Cristiano Bernardino Moreira, Erlon Sampaio de Almeida, e Elcimara Augusto de Souza, vota sim a presente impugnação, tendo em vista que os argumentos apresentados pela Coordenadora Adriana são muito semelhantes àqueles por nós elencados.
Sobre o mérito.
O coletivo Luta FENAJUFE, a saber, devidamente nomeados, Helenio Porto Barros, Cristiano Bernardino Moreira, Erlon Sampaio de Almeida, e Elcimara Augusto de Souza, ratifica seu volto sim na presente consulta.
Ressaltando, entretanto, que a presente moção deve ser contra atos que buscam o fracionamento da categoria, e no sentido de chamar à unidade, e não fomentar ainda mais o divisionismo.
Salientamos que a moção deverá ser elaborada com o aval da coordenação de comunicação e jurídica, nama linha propositiva, com enfoque na unidade e não em citar e atacar entidades ou membros da categoria. Sendo, por fim, aprovada em reunião presencial do colegiado da direção.
Ressaltamos, ainda, que é importante uma luta contra a fragmentação e é preciso nos debruçar sobre a melhor forma de fazê-la sem mais exposição externa da categoria e sem gerar ainda mais fragmentação.
Saudações Guerreiras
Helenio Porto Barros
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Marcelo Melo
Voto sim à impugnação, por considerar os argumentos de Adriana bem convincentes.
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Ronaldo Almeida
Voto não a presente impugnação.
Ronaldo
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Eliane - Fenajufe
Prezado Coordenador Ronaldo,
O prazo para votação da impugnação da consulta nº 14 encerrou às 17h51 do dia 7/3 e a votação do mérito foi encerrada às 18 horas do dia 7/3, conforme comunicado encaminhado via WhatsApp, de acordo com inciso “IV – a Secretaria Política deverá também encaminhar aviso de envio da consulta, via aplicativo WhatsApp ou outro equivalente, e fazer conferência de leitura dos avisos, ou via ligação telefônica, quando necessário;”
Comunicados:
Prezados (as) Coordenadores (as), a consulta nº 14 está suspensa devido o pedido de impugnação. Os coordenadores (as) devem se posicionar sobre o pedido de impugnação dentro do prazo de 24 horas. Atenciosamente, Eliane (enviado às 17h33 do dia 6/3)
“Prezados (as) coordenadores (as), não se esqueçam que devem votar sobre o pedido de impugnação apresentado na Consulta nº 14. O prazo para votação é até às 17h51min de hoje 7/3/2017.” (enviado às 15h11 do dia 7/3)
Atencão coordenadores Consulta a executiva n. 14 - moçao de repúdio ao SINAJUS e medidas judiciais- prazo ate dia 06/03 as 18:00 (enviado pela Patricia às 17h54 do dia 2/3).
Atenciosamente,
Eliane Mendes
Secretaria Politica
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Adriana Faria
Prezados(as) Coordenadores(as),
Embora o tempo para votação tenha encerrado, não poderia deixar de lançar manifestação na presente impugnação.
A Força Liberta classificou com as seguintes expressões a impugnação proposta:
Mais uma vez os Técnicos são preteridos!
Mais uma vez as mesmas falácias!
(...) a maior desconsideração já sofrida por eles. Será um desrespeito à luta pelo Nível Superior e um deboche à inteligência dos Técnicos
O texto da impugnação revela-se como uma verdadeira adoração a Deus e a Mamon, mas o que o torna ainda mais absurdo e intrigante é que a vitória foi oferecida a Mamon sem nenhum constrangimento, pois percebe-se que a impugnação protege nitidamente as ações do agressor, já que os efeitos da agressão não serão contidos e os direitos dos Técnicos são “trocados” por elogios que não ultrapassam o âmbito da retórica.
(...) é no mínimo uma zombaria.
Não pretendo aqui formular uma cizânia, embora seja tentada a fazê-lo diante do impacto negativo que as palavras e expressões escolhidas para se contrapor causam. Obviamente, sinto-me ofendida, injustiçada e francamente decepcionada. Quando me propus à compor a Fenajufe, jamais imaginei que num grupo de colegas pudesse haver tanto agravo sob a justificativa da defesa de interesses da categoria. O meu desejo como Coordenadora foi assumir o encargo com coragem e combatividade, mas não a combatividade interna que apenas nos enfraquece e nos deslegitima. Sempre que estivermos uns contra os outros não chegaremos a lugar algum. Especialmente dentro da Direção Executiva da Fenajufe que deve, em consideração aos que representam, encontrar um caminho de convivência respeitosa.
Gostaria de destacar que todos nós Coordenadores, eleitos legitimamente pela base, compomos uma representação dessa categoria tão plúrima. Nenhum de nós é detentor de uma representação maior que a outra. A se entender dessa forma, estaria a se pressupor que as parcelas de representatividade poderiam ser classificadas com maior ou menor valia. Portanto, respeitar uma ao outro é respeitar todos os segmentos da categoria, o que, na realidade, é um dever nosso.
Não somos também detentores exclusivos de pautas ou de verdades.
Cada coordenador tem a prerrogativa de construir o seu entendimento sobre as propostas que são postas pelos demais.
Minha manifestação assim foi construída. Com base na representatividade que igualmente detenho.
Nenhum de nós pode, portanto, se dizer detentor exclusivo dos desejos da base, mesmo porque, a base também expressa sua compreensão de modo diversificado e é representada de maneira coletiva por todos os coordenadores, uma vez que a Diretoria atua de forma colegiada.
No meu entender, e pelas razões já expostas, a proposta merece uma reflexão maior. Levando-se em consideração o atual cenário de crescente fragmentação e de conflito interno na categoria. Vejam que no transcurso da consulta, houve oficial formulação de pedido de criação do sindicato dos analistas a ameaçar a existência da própria Federação que ainda não detém sua carta sindical. A impugnação ficará por conta especialmente dos sindicatos de base e, para isso, será preciso que os analistas se posicionem pela manutenção de sua representação nos atuais sindicatos. Desse modo, qualquer atuação que possa ser entendida equivocadamente como contrária aos interesses desse segmento, pode apenas impulsionar o movimento de fragmentação. Por isso o pedido de reflexão sobre o tema e as suas possíveis consequências. Sequer lancei objeção absoluta. Se assim o fosse, teria votado NÃO à proposta. Minha opção foi a impugnação que é o instrumento que reclama maior reflexão sobre a proposta apresentada em consulta virtual.
Tenho a prerrogativa de fazer essa interpretação que tem ressonância também na base para analistas e para técnicos.
De modo algum o meu pedido de reflexão pode ser inadvertidamente entendido como franca defesa à ANAJUS ou ao SINAJUS e sua equivocada e até ofensiva atuação. Essa interpretação ignoraria todas as considerações colocadas a priori e tratá-las desrespeitosamente como mera retórica. É pressupor, inclusive, a má intenção e lançar desconfiança sobre minha idoneidade.
O Manequeísmo traz uma visão estreita e inviabiliza ampliar o espectro de reflexão sobre os temas. A Fenajufe jamais pode atuar de forma açodada sem avaliar muito cuidadosamente suas estratégias e as consequências de sua atuação.
Sempre vou exercer o direito de discordar não só do grupo Liberta, mas de qualquer outro grupo ou coordenador quando entender que outro caminho seja mais adequado. Tomando como referência os sentimentos de boa parcela de servidores que me confiaram o mandato. Entender que a discordância de uma proposição da Chapa Liberta é sempre uma afronta ao pleito do NS é castrar a liberdade de avaliação e até menosprezar opiniões diversas.
Particularmente, minha experiência pessoal mostrou que é preciso lançar desconfiança em relação a quem sempre concorda comigo e nunca apresenta uma objeção. Aprecio especialmente quem discorda de mim. Na minha avaliação, são mais confiáveis.
No que diz respeito ao pleito do NS, vejo muitos que lançam uma concordância irrestrita com as propostas do Grupo Liberta, até mesmo fora da Diretoria, essa sim meramente retórica. Utilizam-se politicamente do pleito do NS. Infelizmente são aqueles que estão sempre dispostos a bater as palminhas, mas que guardam o punhal no bolso e só estão interessados em jogo político. A boa prudência diz cuidado com quem sempre concorda com você!
Não vou temer discordar responsavelmente porque posso ser interpretada erroneamente como atuação contrária ao NS. Vou exercer sempre minha independência e liberdade nos limites dos interesses que represento.
Há uma grande apreensão dos técnicos quanto à concretização do NS. Entendo e me solidarizo com a angústia em razão do receio de serem preteridos. Contudo, a intensa ânsia não pode transformar aliados em inimigos. O desejo combativo deve ter o zelo de não afastar os apoios que a causa ainda tanto precisa.
Continuarei com o meu compromisso pessoal e dever de submissão às disposições estatutárias que impõe o respeito às deliberações da categoria. Manifestações como a que foi lançada nesta consulta não me afastarão da atuação em relação ao NS, mas certamente comprometerão a convivência dos coordenadores na Direção. O que é de todo prejudicial à categoria.
A título de satisfação, registro que não participei da Comissão Interdisciplinar, mas assinei os mais de 90 pedidos de audiência que foram solicitadas aos Ministros e Desembargadores de Tribunais; das 20 e poucas audiências que ocorreram, compareci a pelo menos 20 delas sempre discorrendo veementemente sobre o pleito. Fiz, no início do ano, o pedido de reiteração dos ofícios para que elas tivessem continuidade neste ano. E assim seguirei cumprindo meu dever, mesmo sendo ocasionalmente ofendida, por cometer a ousadia de discordar.
Aos demais coordenadores lanço a reflexão: já não é hora de termos algumas regras de convivência ética em nossa Federação impedindo as sistemáticas ofensas pessoais entre coordenadores? Algumas manifestações ultrapassam o campo das ideias e os termos pejorativos utilizados as transformam em verdadeiras injúrias. Seria benéfico a todos e mais respeitoso com a categoria.
No mais, estariam questões de formação pessoal, sistema de crenças, visões de mundo e do outro que não cabem aqui discorrer.
Att,
Adriana Faria